A identidade de um povo contada por suas recomendações

O algoritmo não entende o sotaque: por que precisamos de recomendações humanas Em um mundo cada vez mais moldado por inteligências artificiais e sistemas de recomendação automatizados, uma pergunta incômoda emerge: quem está realmente decidindo o que você consome?

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RecomendeMe Team

6/9/20252 min ler

O algoritmo não entende o sotaque: por que precisamos de recomendações humanas

Em um mundo cada vez mais moldado por inteligências artificiais e sistemas de recomendação automatizados, uma pergunta incômoda emerge: quem está realmente decidindo o que você consome?

Seja ao abrir o Spotify, a Netflix ou o TikTok, é provável que o conteúdo apresentado venha de um algoritmo que aprendeu com o comportamento de milhões de usuários. Mas há um detalhe crucial que esses sistemas geralmente ignoram: o sotaque, a cultura local, os contextos subjetivos. E é aí que os algoritmos falham.

O viés invisível das recomendações automatizadas

Plataformas globais são otimizadas para escala, e isso significa priorizar conteúdo que performa bem em grandes grupos. O resultado é uma homogeneização cultural: artistas, filmes e livros que não estão no centro do mercado global são simplesmente empurrados para as margens.

Um documentário africano, uma série nordestina ou um podcast indígena dificilmente será sugerido por algoritmos que buscam "o que é mais popular". A lógica do engajamento é cega ao sotaque. E quando o algoritmo é cego, a diversidade se torna invisível.

Curadoria humana: a voz de quem vive, sente e conhece

No RecomendeMe, acreditamos que recomendar é um ato humano, subjetivo e afetivo. É sobre contar o porquê aquela obra importa para você, o que ela representa no seu contexto, na sua vivência, na sua terra.

Quando uma pessoa recomenda um filme da sua região ou um livro escrito em um dialeto local, ela está oferecendo algo que vai muito além de métricas: está compartilhando significado.

Isso não pode (e talvez nem deva) ser traduzido em dados.

Tecnologia com sotaque: um novo paradigma

O futuro da recomendação cultural não é um algoritmo que te mostra o que todo mundo está vendo. É um ecossistema onde você descobre o que alguém como você recomenda. Onde a inteligência artificial aprende com comunidades e não apenas com cliques.

Estamos construindo o RecomendeMe com essa filosofia. Uma plataforma que valoriza a indicação feita com sotaque, com afeto e com intenção. Onde as vozes locais têm espaço global.

Conclusão: o mundo não precisa de mais conteúdo, precisa de conexões

Não falta informação. Faltam caminhos autênticos para navegar por ela. Faltam pontes. E é isso que uma boa recomendação faz: cria uma ponte entre realidades.

O algoritmo pode ser rápido, mas é a recomendação humana que é precisa.

E mais do que nunca, precisamos ouvir essas vozes.